— Por que você bufou?
— Eu não bufei.
— Você bufou sim.
— Não foi uma bufada, foi um suspiro profundo. Não é a mesma coisa. Eu não tenho motivo para dar uma bufada.
— Então por que o suspiro profundo?
— Sei lá, falta de ar. Puxei fundo.
— E você não está impaciente?
— Não, por enquanto não.
— Mas você sempre bufa quando está impaciente.
— Mas eu não bufei, foi um suspiro profundo.
— Eu te conheço, está impaciente porque eu ainda não terminei de arrumar a mala.
— Não estou impaciente, estou só te olhando. Eu não bufei, foi só um suspiro profundo.
— Por que você está se defendendo? Se está se defendendo é porque sabe que bufou.
— Eu não estou me defendendo. E por que você está batendo as coisas?
— Porque você bufou!
— Mas eu já disse que não bufei, foi só um suspiro profundo! Quantas vezes terei que falar?
— Você faz as coisas e depois eu que saio como a maluca.
— Já chega, não vou mais para Itatiaia! Você conseguiu me tirar do sério.
— Não falei? Eu sabia que você tinha bufado.
3 comentários:
hahahaha
Irado!
Vanessa
Paulo, ótimo esse texto!
to seguindo...
abraço
Gustavo (q estudou ctg na PUC)
poesiaainda.blogspot.com
AMO ESSE!
preferidinho.
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