quarta-feira, 26 de março de 2008

Saciar a fome também me sacia

estou com fome e
o ranger da porta
(de desejo apetecido
de óleo Singer)
lembra o ranger
dos meus dentes
que estão apetecidos
de carboidratos, gordura
hidrogenada, gordura
trans, ou qualquer
outra coisa
que me engorde e que
aumente meu tecido adiposo
— fonte interminável
de calor — (pele, epiderme...
pêlos pelos poros
pálidos e polidos)
fico estático
olhando extático
os nossos desejos
tão semelhantes
e distintos
levanto e saio
enquanto a porta
na volúpia dos
seus movimentos
ainda chora
volto com o óleo Singer
sacio sua fome e
lhe encho de alegria
(saciar a fome também me sacia)

3 comentários:

Anônimo disse...

Paulo. Este poema está, de coração, mto bom. Achei criativo e interessante! Qto ao blog: acho o nome mto grande, mas vc deve ter suas razões; o layout pode melhorar tb, opinião; fora isso está show! Seja bem vindo ao universo! Volto depois.

Adrianna Coelho disse...


tbm gostei muito desse poema...

Paulo Henrique Motta disse...

valeu gente.
obrigado pela força.